Belo Horizonte é uma cidade linda, com parques, museus e uma gastronomia sensacional! E a boa notícia é que dá para aproveitar bastante coisa em um final de semana na cidade!
Aliás, nos finais de semana os hotéis costumam ser mais baratos e as ruas mais vazias. Mas se quiser esticar a viagem para conhecer Ouro Preto ou o Inhotim separe mais alguns dias para curtir com calma.
Igrejinha da Pampulha
Roteiro de um final de semana em Belo Horizonte
Como chegar em Belo Horizonte
Existem 2 aeroportos na região metropolitana, mas dificilmente você chegará pelo da Pampulha, que é mais central e opera voos regionais. Provavelmente você chegará pelo aeroporto de Confins – que sim, fica bem longe!
Para chegar até a área central da cidade as opções são táxis, transfers, ônibus ou mesmo Uber. Os táxis podem ser comprados diretamente no desembarque. Cooperfins e Minas Táxi operam táxis comuns com valor tabelado de R$ 112,00. Para ir de ônibus, o Conexão Aeroporto executivo custa R$ 26,75 e te deixa em um terminal perto da Praça da Liberdade. O convencional custa R$ 12,10, mas para no Terminal Rodoviário, mais distante – valores de 2015.
Onde ficar em Belo Horizonte
Procure se hospedar na região de Lourdes ou Savassi. Em 2015 ficamos no Ibis Afonso Pena, e gostamos da localização.
A Marcela do blog Diário de Navegador experimentou a hospedagem em um hostel muito bem localizado. Veja aqui como foi.
Roteiro
Sexta-feira de barzinho
Chegando na sexta à noite, deixe as coisas no hotel e aproveite pra ir em um dos barzinhos da Savassi. Eles ficam nas proximidades da Praça Diogo de Vasconcelos, mas são meio espalhados. Fomos em um na Rua Antonio de Albuquerque, que estava mais movimentada. Lourdes também tem boas opções na altura da Praça Marília de Dirceu.
Sábado de Mercado Municipal e Museus
O sábado será o dia mais aproveitado do final de semana. Dependendo de sua localização, adapte a ordem do roteiro para facilitar as andanças.
Comece o dia com um bom café e pão de queijo mineiro e siga para a Praça da Estação (Praça Rui Barbosa – Avenida dos Andradas, 201). O local não só é onde passava a antiga estrada de ferro – que foi usada pra trazer a matéria-prima da construção da cidade, como também hoje abriga as estações de trem e metrô. A praça foi revitalizada e está bem bonita. Ali também fica o Museu de Artes e Ofícios, espaço sobre o universo do trabalho, das artes e ofícios do Brasil.
Praca da Estação
Andando três quadras você estará no Parque Municipal. Aproveite pra dar uma volta, passar pelo lago e ver algumas árvores centenárias.
Parque Municipal
Parque Municipal
Quinze minutos de caminhada te levam ao Mercado Central, local imperdível. Se desejar pode incluir uma visita guiada.
Gosto de ir aos mercados pra conhecer um pouco mais da cultura e dos hábitos locais. Circule pelas inúmeras bancas e aproveite pra olhar – e experimentar, os queijos, cachaças e doces de leite e sentir os aromas dos temperos e pimentas. Não se assuste com a muvuca habitual e com a ala dos animais.
Se conseguir vencer a disputa por uma mesa ou um espaço em algum dos restaurantes, almoce por lá. Linguiça defumada, mandioca e carne de sol fazem parte dos cardápios, mas se você gosta de experimentar coisas diferentes dê uma chance ao famoso fígado com jiló.
Mercado Municipal
A próxima parada é a Praça da Liberdade, que fica a 20 minutos de caminhada do mercado – se preferir pegue um táxi. A praça é o maior conjunto integrado de cultura do Brasil, com vários museus e espaços artísticos ao seu redor, ocupando o lugar dos antigos prédios públicos, veja detalhes aqui.
Por lá estão o Centro Cultural do Banco do Brasil, Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública, Espaço do Conhecimento UFMG, só pra citar alguns. Para mim, os mais legais são o Memorial Minas Gerais e o Museu das Minas e do Metal, com acervo sobre a mineração e metalurgia.
Palácio da Liberdade
Palmeiras e Edifício Niemeyer ao fundo
Praça e Circuito da Liberdade
Museu das Minas e do Metal
Museu das Minas e do Metal
O circuito deve tomar o resto do seu dia. Para a noite, recomendo o premiado Restaurante Casa Cheia (da Savassi), que serve comida mineira caseira e de boteco há quase 70 anos. O ambiente e atendimento são agradáveis, a comida é boa e o preço é justo. Depois disso só uma boa noite de sono!
Domingo de Feirinha, Mirante e Pampulha
Para quem curte feirinhas, o domingo inicia com a tradicional Feira Hippie da Avenida Afonso Pena, uma feira de artes e artesanato que acontece há 43 anos e conta com cerca de 2500 expositores!
Caso contrário comece com uma corrida de táxi até a Praça do Papa e o Mirante das Mangabeiras, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade.
No retorno peça para o taxista passar na famosa Rua do Amendoim – Rua Professor Otávio Magalhães, conhecida por ser uma ladeira em que carros desligados sobem ao invés de descer. Quem não viu não acredita e quem já viu estranha. É esquisito mesmo! Mas folclores à parte, parece ser pura obra da ilusão de ótica.
Mirante das Mangabeiras
Belo Horizonte
Depois siga para o complexo da Pampulha, que recentemente se tornou Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, com o título de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno.
Não deixe de entrar na Igreja São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, um dos cartões-postais da cidade. Ela abriga quatorze painéis de Cândido Portinari, representando a Via Sacra.
As curvas da Igreja São Francisco de Assis
Lagoa da Pampulha com Igreja ao fundo
O complexo ainda engloba o Museu de Arte (antigo cassino), a Casa de Baile e o Iate Clube. O Estádio do Mineirão também fica ali. Você pode fazer um passeio de bicicleta ao redor da Lagoa, ou de parte dela já que existem várias estações de aluguel de bicicleta por lá.
Museu de Arte da Pampulha
Mochila nas costas, depois seguimos direto pro aeroporto
O roteiro é redondo, cabe certinho em um final de semana e dá pra ter uma boa noção da cidade. Gostou do roteiro? Tem mais alguma dica de programa pra fazer em Belo Horizonte? Deixe seu comentário!
Veja também: 10 cidades para conhecer em Minas Gerais, no post do Blog Além da Curva
Comentários
Amei…. Morei em BH por 16 anos e achei que vcs foram bem objetivos. Faltou soh um barzinho(ou buteco como dizem os mineiros) com um rock n roll dos bons que os mineiros tanto amam… Valeu.
Que bom Keila!! Nada como o comentário de um local.. Realmente não tivemos oportunidade (e tempo) pra ir num bar/boteco nesse estilo, mas fica a dica pra próxima viagem!
Bom post. Muito completo e cheio de informação importante. Gostei muito. Obrigada.
Adorei a sugestão de roteiro. Fui muito a BH quando era mais jovem, pois tenho família lá. Não conheci o Museu das Minas e do Metal. Parece ser muito show! Fica para uma próxima ida…
Parabéns pelo post! Abraços,
Carolina
Obrigada Carol!!
Caramba quanta coisa para visitar!! Eu só fui a BH uma vez, e para o encontro da RBBV! Preciso voltar com mais calma. 😉
Belo Horizonte tem muita coisa pra conhecer mas sempre que alguém fala de lá a primeira coisa que penso é na comida mineira deliciosa!
Eles são profissionais nisso né! O doce de leite então.. maravilhoso!
Nossa, tem muita coisa para fazer em BH.
Já fui para lá algumas vezes e sempre fico perdida naquelas ruas, que você entra em uma e sai do outro lado da cidade! hehehe
Adorei o artigo, ótimas dicas!
Amei o post! tendo morado alguns meses em BH pude conhecer vários desses atrativos e bateu uma saudade imensa. A cidade é uma delícia e nem vou falar dos restaurantes… uhmmm..
Ainda não conheço BH, mas estou muito tentada rsrs. Parece uma cidade incrível, adorei as dicas.
Próximo ao mercado central tem um excelente restaurante chamado “cozinha da roça” e como o nome já diz, por lá a a gente encontra diversas comidas típicas aqui de minas e o atendimento é muito agradável! Fica localizado na rua Curitiba esquina com Guajajaras 1329!!