Delta compra 20% da Latam: como isso impacta suas viagens

Viagem
27/09/2019

No dia de ontem o universo das empresas aéreas foi surpreendido com a notícia de que a Delta adquiriu 20% do grupo Latam, por US$1,9 bi. Aliado à isso, a companhia americana anunciou que vai vender sua participação de 9% na Gol.

Delta compra 20% da Latam: como isso impacta suas viagens

O primeiro impacto da entrada da Delta no grupo Latam é a saída da concorrente American Airlines, que por muitos anos foi parceira da Latam. Ou seja, em breve não será mais possível resgatar voos AA com pontos Multiplus, nem fazer conexões incluindo as duas companhias.

No Smiles o impacto é parecido. Com a saída da Delta, em breve não será mais possível resgatar voos Delta com pontos Smiles, nem fazer conexões incluindo as duas companhias.

Para quem tem bilhetes emitidos, sem pânico. Não vemos motivos para os bilhetes emitidos não serem honrados em ambos casos. Esse tipo de negociação demora a se formatar. É uma mudança que leva algum tempo.

Para a American Airlines é uma perda considerável pois a companhia fica sem parceiro oficial no Brasil. Será que o Smiles vai ser o próximo parceiro da AA? E a United? Após a falência da Avianca a companhia também ficou na mão e opera voos em parceria com a Azul, muito mais presente em Campinas do que em Guarulhos, que é o maior hub brasileiro.

Sem dúvidas o impacto mais negativo inicialmente é para a Gol e o Smiles. Tanto que os recibos das ações das empresas tiveram quedas expressivas no after market de ontem. Hoje com a abertura do mercado é que a repercussão será sentida.

Sobre as alianças aéreas:

A Latam já anunciou a intenção de deixar a aliança Oneworld. Com Avianca fora do jogo, o Brasil fica sem nenhuma companhia integrando alguma das três grandes alianças aéreas mundiais – Oneworld, SkyTeam e Star Alliance.

Enquanto muitos torciam pela entrada da Gol na SkyTeam, já que a maioria das atuais parceiras faz parte da aliança, parece que a tendência agora é de entrada da Latam. Ou ainda vamos ter um futuro com acordos bilaterais e não mais alianças?

Mais análises interessantes sobre o assunto no Milhas e Destinos e no Mestre das Milhas.

 

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